Que importam as dores duma verdade
sonho-realidade
e a tranca da porta
cravada nos sonhos
e desenhos
que arquitetamos em noite farta?
Que importa afinal o ruído inconfesso
nos teus passos esquivos
e furtivos
a ornamentarem horizontes
e fontes
dum qualquer outro verso?
Dorido escuto no silêncio das estrelas
o cântico das promessas
que cantaram nossas águas
em noites mornas de conversas
e luas
num ritual de whisky e velas!
Que importam os cravos da verdade
e espinhos da saudade?
estacionei numa noite de luar
e astros a sonhar
estacionei falas mansas
e saboreei tuas promessas!
Importa a distância no teu olhar?
Cruzei as ondas do mar
mergulhei fundo
vasculhei nosso mundo
no teu olhar perdido
vasculhei nosso mundo num coral escondido!
Importa tua mala arrumada
e vazia de promessas
a cruzar a estrada
e embalar novas pressas?
Importa? Sou sono dum tempo distante
e me assentei no cimo da nascente!
Décio Bettencourt Mateus.
in Xé Candongueiro!
Luanda, 09 de Maio de 2007.
7 comments:
Tenho motivos,meu amigo poeta, para gostar como gosto da Literatura Angolana! Que belo poema!
BJS
nossas dores diante a únca dor universal o que são eleas?
Emocionante!
Como eu gosto de ler seus poemas!!!
Bjs.
Obrigado Ana. Kandandu.
Olá Ediney: quiça você tenha razão: provavelmente nada.
Obrigado pela visita. Volte sempre.
Obrigado Fatima. E eu gosto de suas visitas!
Fica bem.
Decio
Saudades Vai passando no meu blog,
Já nos encontramos à muito tempo . é bom mantermos as raízes dos amigos
Vim dizer que tenho para oferecer o selo das 100 Mil visitas que é...NOSSO pois caminhamos juntos...
um beijo
Post a Comment