E eu era o teu kwanza
Caudaloso
E tortuoso
Destreza
A farfalhar as margens
Das tuas paragens!
Um kwanza vaidoso
E sinuoso
A fundir a doçura
Do meu açúcar
Na salgadura
Das ondulações do teu mar!
Ou ainda a nostalgia
Dum pôr-do-sol a entardecer
A luz do teu dia
Eu era a delicadeza
Duma brisa
A sussurrar-te o amanhecer!
Era a noite solitária
A beijar a insónia
Da tua madrugada
Uma mania
D’aurora adiada
Na maré da tua praia!
Era a melodia
Do trecho
Do canto dum riacho
Harmonia
D’águas a batucarem pedras
E a polirem lascas ásperas!
Um aceno distante
No anoitecer
Da tua noite
Dormida-acordada
Eu era o kwanza da tua almofada
A balbuciar-te o alvorecer!
Décio Bettencourt Mateus in "Xé Candongueiro!"
Luanda, 07 de Junho de 2007.
* Kwanza: rio de angola.
10 comments:
Vibrante poesia, plena de sentidos. Adorei.
Abraço
Lindíssima a sua Poesia.
Tem alma vibrante...
Obrigada,
Claro q conheco este poema... Um dos meus favoritos em Xe Candongueiro! Momento lirico que nos transcende. Belo, belissimo meu mano!
Sakidila!
Namibiano Ferreira
O mano Namibiano anda muito sumido...
Mano,
Já temos saudades de um poeminha....
kandandu
Bom dia da Dipanda, amanha.
Verdade mano Namibiano. Estou só à espera do novo rebento. E então teremos novamente poesia a farta! Obrigado. Kandandu.
Lindo poema!... Adorei. Espero que o novo rebento o inspire para novas poesias tão intensas quanto esta. Felicidades.
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Obrigado Amiga Odete.
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